Saturday 21 February 2009

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Quando termino de dar mais uma de minhas piruetas na pista, dou uma olhada pra ELE. E ELE está lá: lindo, em pé, com uma cerveja na mão, conversando com nosso amigo Nardo e olhando pra mim. Opsss... Olho prum lado, olho pro outro, nem sinal da menina. Que será que teria acontecido? Eu não tinha nem idéia, mas iria aproveitar a chance!

Daí é claro que fui jogando meu charme. Ele ia pra perto de mim, tentando falar comigo, eu escapulia e ia dançar de novo com mais alguém que me convidava. Até que uma hora ele me encurralou entre duas mesas e aí não tive como escapar. Sentei e começamos a conversar. Da conversa inicial só lembro que ele me pediu um beijo, e então eu comecei a filosofar sobre o tema, de que um beijo é só um beijo, mas que normalmente é daí que as relações começam, e coisa e tal. No final eu, opa, estamos falando tanto de beijo, e beijar que é bom mesmo, nada! Bem, aí lascamos um beijão, que só foi interrompido porque o tio dele meteu o bedelho :)

Levantamos e eu o abracei, coloquei a cabeça no seu peito e fechei os olhos, e não queria que a noite terminasse mais. Justo nessa hora, a música termina, as luzes se acendem e o bota-fora começa. Já eram 4 da manhã!

Olhei pra ele sem acreditar, e rindo, seguimos com a turma toda pro ponto de ônibus, alguns mais pra lá do que pra cá.

Ele me perguntou se me poderia levar em casa, eu disse que sim: o metrô só começaria a rodar às 7 h e ele precisava pegá-lo pra ir pra casa, já que morava um pouco longe do centro, então o convidei pra ficar lá em casa até que desse a hora. O povo todo foi pros seus devidos quartos, e ficamos no quentinho da sala conversando. Ele me contou várias coisas de sua vida, que era chef e que tinha uma filha de 5 aninhos. Eu também comentei um pouco da minha vida, e então ele me pergunta como eu me via dentro de 5 anos. Respondi que gostaria de já estar casada, talvez já com filho, na minha casa e trabalhando na profissão que eu quero pra mim: bioquímica.

Um momento ele me joga essa: "Não queria que esta noite terminasse. Vamos lá pra casa comigo?" Justo nesse momento eu estava saindo da sala pra ir na cozinha adjunta pra pegar algo pra comer, e pela cara que eu fiz ele se arrependeu no ato do que disse. Quando voltei, ele pediu desculpas e que não deveria ter dito aquilo. Eu disse para que não se preocupasse, que tudo bem; mas que era preciso que aquela noite terminasse para que pudéssemos ter outras noites tão boas quanto aquela primeira.

Disse que no dia seguinte era domingo e eu estava livre; ele me perguntou se queria que almoçássemos juntos. Topei, e marcamos de nos encontrar às 12 h em Greenwich.

O sol ainda não tinha aparecido quando ele se foi. Da janela da sala dava pra ver o ponto de ônibus. Sem levantar a cabeça, ele sorriu e me deu tchau, quando o ônibus chegou, pois sabia que eu estava lá olhando. Dentro de menos de um minuto, chega uma mensagem no meu celular, dizendo obrigado pela noite maravilhosa... Subo e vou dormir na minha caminha de solteiro, com um sorriso nos lábios...

[to be continued]

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