Wednesday 22 September 2010

Voltando de trem de Londres para Newcastle, na semana passada, com meu filho, escutei algo que nunca tinha escutado aqui na Inglaterra. Um pai típico inglês conversando com seu filho pequeno, que tinha não mais de 3 anos de idade, estava falando sobre Jesus, e no momento que eu escutei, estava perguntando a ele qual era o nome da mãe de Jesus. E o menino respondeu Maria. Depois disso desliguei meus ouvidos pra conversa, pois já tinha escutado pra mim o bastante.

Eu me impressionei com a conversa pois nunca, em todos meu tempo aqui na Inglaterra (e já se vão lá 6 anos!!!) havia visto um pai conversando com seu filho sobre assuntos religiosos. Minha idéia foi sempre que os inglês são ateus, e os poucos que se dizem católicos, protestantes ou anglicanos, não professam muito sua crença. É verdade, eu não frequento nenhuma igreja daqui, para poder ver os prosélitos ingleses em conexão com Deus, rezando... Taí uma coisa que me falta ver! Já fui em uma igreja com meu marido, na época meu namorado, no centro de Londres, mas esta era frequentada quase que exclusivamente por negros imigrantes da África, e nós sabemos que a África é muito religiosa, isso já se sabe pelo legado religiosos que os negros africanos trouxeram ao Brasil na época da escravidão, e que continua hoje em dia. Então até aí nada demais. Outra igreja, batista, que fui com ele em Londres, na verdade é uma própria filial da que existe no Brasil: 99,99% dos frequentadores são brasileiros. O único que sei que não era brasileira era um muçulmano que se havia convertido ao protestantismo e até já falava muito bem o português. Na minha própria religião, espírita, nos grupos de Londres os brasileiros são os membros assíduos. Até nas reuniões em inglês, quando eu pensava que uma ou outra pessoa era inglesa, na verdade não, era brasileira também.

Então minha experiência religiosa na Inglaterra nunca foi permeada pela religiosidade dos britânicos. Aliás, muita coisa do que já vi aqui me levava a crer, realmente, que o povo daqui não era religioso para nada, e sim ateus, e que o dinheiro e a bebida era realmente a força que os impulsionava.

Ver, então, um pai típico inglês conversando com seu filho sobre Jesus, me encheu o coração de esperanças pra essa terra. Uma semente foi plantada, só Deus poderá dizer quantos frutos dará.

Quero muito poder criar meus filhos no amor a Deus, ensinando-os tudo o que já sei, aprender ainda mais junto com eles, para que eles cresçam e possam passar também esse amor a Deus aos meus netos. Infelizmente aqui onde moro não há nenhum agrupamento espírita no qual possamos ir, mas a religião começa em casa. Fazendo Evangelho no Lar, orando com eles, utilizando os recursos da Internet para assistirmos palestras virtuais... Assim iremos seguindo. Deus sabe do que precisamos, da nossa capacidade, e proporciona os recursos necessários a caminhada.

Que eu não fraqueje nesta tarefa tão difícil e ao mesmo tempo tão doce da maternidade.

2 comments:

  1. Nossa casa é a nossa igreja :)
    Cultive o bem e vc colherá bons frutos.

    Bjokas

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  2. Obrigada amiga. Deus está sempre ao nosso lado, espero que possamos retribuir e estar sempre ao lado dele também!!!

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