Thursday 29 January 2009

hahã.. continuando... XD

...Fazia um frio do cão lá fora [normal em Londres] e a galera da casa em que eu morava tinha decidido sair para dançar salsa por lá. Ficava bem perto da nossa casa, só umas três paradas de ônibus de distância.

Normalmente a galera sempre ia lá, eu que nunca tinha ido pra dançar, só pra comer, porque lá na verdade é um restaurante. Eu ia de vez em quando a outros lugares para dançar salsa. Ou usava sábado à noite pra ir ao cinema com meu ficante na época, ou pra bater perna no centro de Londres, ou mesmo pra ficar em casa curtindo meu quentinho do cobertor, lendo e comendo chocolate.

Nesse dia porém, decidi ir. Havia conhecido um rapaz beeem interessante pelo chat no meu celular, mas não marcamos nada nesse dia [nem nos outros] porque já havia combinado com o povo e não gosto de dar bolo!

Me arrumei para arrasar [pelo menos na minha opinião hahaha]. Coloquei um macaquinho preto estilo tomara-que-caia, e boa parte das minhas pernocas [modéstia à parte] de fora. Salto alto, maquiagem, e lá estava completo o look. Um amigo nosso, chamado Nardo, que também ia, assobiou quando me viu. "Bom sinal", pensei. "É hoje! Ou vai ou racha!", disse eu pra ele. Palavras proféticas!

Só completei o look com meu casacão vermelho, e então todos nós fomos. Éramos em torno de 8 pessoas. Entramos, pegamos uma mesa grande pra nós, e daí comecei a sentir o clima do lugar, já muito interessada na pista de dança.

Daí há pouco chega um outro amigo nosso, o Paulo, que trabalhava com algumas das pessoas da minha casa. Ele estava acompanhado de um casal, um rapaz e uma menina. Este casal veio cumprimentando um a um da mesa, o rapaz primeiro e ela ao lado dele. Eu estava sentada, e daí ele se abaixou pra falar comigo: apertar a mão e dar os costumeiros dois beijinhos. Nessa que ele segura minha mão e se abaixa pra me beijar no rosto, nos olhamos.

JHSFDJMA,SFNC.WS;fMWFC;O;ÇQ}WDCDMKV ZNJSD~fe~wfjnwDCjçfdç;dfnn~JFNNSJFDLL.RÇ;ÇL.

Eu sei lá como representar o som, a cor, a emoção daquele momento. Sei que foi O OLHAR. Foi como se uma comporta de água se abrisse e lavasse tudo dentro de mim. Foi ver dentro daqueles olhos o meu futuro ao lado dele. Foi aí que eu me apaixonei irremediavelmente. E ELE por mim :)

E ELE como se aprumou e se ergueu. E eu não entendi porque aquele olhar tinha acabado. Eu queria mais.

E daí a menina que estava com ELE se abaixou também para me cumprimentar.

[...]

Eu comigo mesma: "Não dá pra acreditar!!! Acabei de me interessar por alguém compromissado! Fala sério, viu... Ô vida, ô azar!"

[...]

É, ELE estava com ela.

Daí eu fui dançar. Fui dançar pra ver se com os rodopios da salsa aquele olhar saía de dentro de mim. Fui dançar pra ser paquerada pelos outros rapazes presentes pra não me sentir a última das mortais. Fui dançar porque amo dançar e tinha ido ali pra dançar. Fui dançar pra não ter que ver ELE com ela.

É, dancei muito. Fui muuuuito paquerada. Até dei meu telefone prum rapaz lá! [embora eu não estava nem aí pra ele]... Dois amigos meus queriam sair comigo a qualquer custo. É, eu não estava de se jogar fora não. Saca só!



Aí era a mesa em que estávamos: eu e Nardo, meu amigo de Santa Catarina.

Uma hora, fui conversar com o Paulo, que estava perto dELE. Nessa ELE me tira pra dançar, ali mesmo ao lado da mesa!!!

[E a tal da menina, vocês se perguntam? Bem, desde o momento que ela chegou, ela sentou-se, e não levantou-se pra dançar nem um minuto. Sabe o que é nenhuma dança a noite toda? Nenhuma!]

Nisso a gente conversa um pouco melhor. Ele me pergunta de onde eu sou no Brasil, digo do RJ, e pergunto o mesmo pra ele: ele diz que é de Belém do Pará. Digo: ah, o Paulo também é! E ele: Pois é, ele é meu tio! ...

Eu comigo mesma: "Eu mato o Paulo. Conheço ele já há alguns meses e nada dele me apresentar esse sobrinho hein! Sacanagem!"

Depois de outro tanto tempo, ELE me puxa pra dançar novamente, dessa vez pra pista de dança. Dançamos duas músicas seguidas e conversamos e rimos muito. No finzinho da segunda música eu já fico triste, daí ataco, ferida, dizendo algo como, ok, volta lá agora pra sua namorada... Ele me diz: ela não é minha namorada não! Eu largo dos braços dele rindo, como quem diz: há, conta outra! Mas fico cismada...

Daí vou perguntar pro meu amigo Nardo, que pelo que vi, também era amigo dele: que relação ELE tinha com ela. Nardo me diz que ELE falou que só estava saindo com ela.

Ok, ok, eu penso. Estão saindo. Não é namoro....

ÔBA!!!!!

"Nardo, Nardo, você me promete, vai lá falar pra ele que eu achei ele um gatinho, vai Nardo, promete..."

E o Nardo vai.

Uma hora, eu conversando com minhas amigas, de costas pra ELE e pra ela, sinto uma mão na minha cintura e uma voz dizendo: "Quero falar com você mais tarde..."

Eu gelo. Não me mexo. Sei que é ELE, sei que ela viu, e que se ela for das brabas, vai sair porrada ali.

Eu vou é dançar. Despreocupada. Feliz. ELE falou que quer falar comigo! Homem quando encasqueta com algo, sai de baixo... Então eu sei que ELE vai arranjar um jeito de falar comigo, mais cedo ou mais tarde!

...

[to be continued]

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