Sunday 25 January 2009

Meu filho! Tão pequeno e tão inocente em seus dois meses incompletos. Com tanta necessidade de atenção, carinho e amor. Com tanta simplicidade em seu coração, que pra tê-lo feliz, bastam seu pai, sua mãe, leite materno e estar sequinho e aquecido.

Hoje entendo o que minha mãe passou, o que tantas mães passaram e passam na vida por seus filhos. Por eles somos capazes de virar a noite acordadas embalando-os, trabalhar o dia inteiro em mais de um emprego, chegar em casa e lavar, passar, cozinhar. Tudo para que eles estejam sem dor, com uma roupa ou brinquedos novos, com a casa arrumada e cheirosa e comidinha na mesa. Tudo para mantê-los saudáveis e felizes.

A recompensa? Pra uma mãe basta ver o rostinho do seu filho iluminar-se ao vê-la, e sorrir, e seus olhos brilharem: nisso se resume a felicidade de uma mãe. Nisso ela alcança seu objetivo a cada dia, que é o de seu filho estar bem em todos os sentidos.

Filhos são uma responsabilidade muito grande, dados diretamente por Deus. Se falhamos em algo, a voz interna dEle, que mora em nós, nos pergunta: "Que fazes do meu filho, que agora eu te deleguei como teu filho; que fazes do ser o qual eu te confiei?"

Talvez por isso digam que mães são seres divinos. Deus nos fala intimamente ao coração, amparando-nos nos momentos difíceis e mostrando-nos o caminho a seguir, para o bem de nossa família.

Por um bom tempo de minha vida não quis ser mãe. Por um bom tempo, estremecia só de pensar em engravidar. Porém, quando engravidei ano passado, não senti medo nem desespero: só felicidade e esperança. Foi um dos momentos mais difíceis para mim logo que ganhei meu filho, ao ter um ser tão dependente de mim para tudo, logo eu que sempre fui tão eu comigo mesma, independente de tudo e todos.

Dia após dia, porém, aquele serzinho conquistou meu coração com seus olhinhos, sua mãozinha, seu sorriso, seu amor para mim.

Ah! Meu filho... Agora sei porque as mães querem tanto proteger seus filhos de todos os perigos da vida. É que nós próprias sabemos o quanto os caminhos são dolorosos e queremos evitar que sofram. Se nós mães sofremos, isso não é nada; se nossos filhos sofrem, porém, nossa dor é elevada à infinita potência. Se nossos filhos sofrem, mesmo a culpa não sendo nossa, nos culpamos: poderíamos haver prevenido-os sobre isso, poderíamos ter evitado, poderíamos...

Meu filho, porém, não entende nada disso. Só pede agora amor, muito amor. E à medida que cresça, provavelmente não me entenderá. Assim como eu não entendi minha mãe, e quis minha liberdade e ter o direito a sofrer, mesmo com ela me alertando, meu filho muito provavelmente também será assim.

Até que seja pai, um verdadeiro pai, e crie seus filhos, e passe pela mesma situação, não me entenderá.

Meu filho! Da mesma forma, porém, eu seguirei teus passos, e tentarei fazer com que as tuas quedas, que eu venha a prever ou não, sejam o menos dolorosas possíveis. Defenderei tua liberdade a todo custo, e incutirei em ti desde cedo a responsabilidade, para que as duas possam vir a andar de mãos dadas no seu devido tempo.

Enfim, que meu amor não te sufoque, mas te eduque com carinho.

E que eu possa ver sempre seu rostinho iluminar-se quando me vê, meu bebezinho! Obrigada por ter vindo e me escolhido como sua mãe. Amo você!

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